Mas ainda assim, parece que algo lá dentro fala o contrário. Ou melhor, grita, esperneia. É como se uma pedra quisesse subir o rio, não se importando com a corrente, com a gravidade, com a sua natureza pesada, fria. Talvez o seu impulso interior fosse maior, seu ímpeto pudesse levá-la além. Mais ainda.
Podia fazer tornar-se grande. Pensamentos vãos, ó dilema intelectual. Pensar racional, me levar pelo sentimental, me fechar à tudo e todos, me render ao sarcasmo, à ironia e ao meu fugaz humor negro. Ou ainda ser franciscano, abdicar dos risos, do que é rico, do que liso, do que me faz humano. Ou ainda mais ou menos humano, ou nada humano, ou super-humano. Ou ainda desumano.
Não importa, são só coisas bestas. Diário besta, caminho besta. Mas afinal, temos tanto tempo à perder, não que importe o quanto estamos a mercê, alienação, subjugação, decisão, criação, nada mais importa, já que o medo passa a porta que seria a útima esperança. De que algo nos traria segurança.
Fujo sim do estilo literário, escrevo ignorando o gramatical, o parnasiano e o moderno. Tudo se mistura ao mesmo tempo que se separa. De mesmo modo que se atraem e repelem.
Sim, nenhum sentido no que eu disse. É só a contradição dentro de mim, dessa mente insana.
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